Apelo
Ando mendigando abraços
Não é consolo nem fracasso
Quero dividir calor humano
Mas, a incompreensão arrasa
Pois ordenaram a sermos vazios
A não ouvir o correr dos rios
Nem a plantar raiz em casa
Ando revirando o que já foi revirado
Meus suspiros desnorteados
Rebuscando em algum olhar
Alguém que olhe dentro de mim
Alguém que sinta a poesia
E que ensine a calmaria
Quando eu queira gritar
Alguém que entenda
É muito simples amar,
O complicado é esquecer
Alguém que saiba
Que não somos nada
Quando o assunto é sentimento
E que tudo que marco neste momento
Vai seguir por outra estrada
Alguém que queira ensinar
A sublime humildade de apreender
Que são as nossas diferenças
Que nos fazem crescer
Alguém que se ame como o vento
Que não procure complemento
Somos filhos da natureza
Providos de perfeição e beleza
Divinos e ignorantes
Alguém que seja incapaz
De dizer é tarde ou jamais
Escreva o próprio futuro a tinta
Prevenido com algodão e água raz...
15/07/2006
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