Às três da manhã
Meus olhos relutam em não se fechar
Na essência do eu, encontro você
Deitado no meu divã
Usurpando o meu lugar
Querendo abafar minha sede idealista
Dos meus próprios devaneios, núcleo da euforia
Até a banca de jornal no fim da Paulista
Reporta-me seu nome, manchete da minha poesia
Não é preciso, precisar de alguém
Para fazer depoimento de refém
Que escassez se rebele!
Eu preciso da minha segunda pele
Para acalmar meu medo de prosseguir
Para me esquentar e me fazer dormir
As letras são o anuncio perfeito e mal pago
De todas as caretas do sujeito amargo
Sem fotos eu provo o fato no ato,
Sobrescrevo-me..
Alessandra Aguiar
20 /03/2009
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